sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Recepção a alunos de enfermagem da UFSM (Campus Palmeira das Missões)


No dia 08/09/10 (quarta-feira) recebemos na ASSAMI/CASA AMA a visita de Danieli e Henrique alunos de Enfermagem da UFSM juntamente com a professora e enfermeira Leila, entre os assuntos, apresentamos o funcionamento da instituição, como realizamos os acolhimentos individuais, como funcionam nossos grupos terapêuticos, falamos a respeito da inclusão na sociedade do usuário/protagonista deste serviço e sua família.

sábado, 11 de setembro de 2010

Psicodiagnóstico:
Distimia
Distiminha
Diz-te minha?
R.Boscardim

Ata-me:
Louco de fome
Louco de sede
Louco de frio
Louco de calor
Louco da cabeça...
Louco de amor
E quem não é louco?
R. Boscardim

Vida Poesia, de Milton Freire.....

(...)
O gesto,
A imagem,
O grito,
o silêncio,
sim
contradição.

No hospício
a solidão.
Esqueci
as palavras.

Sentir
é filtrar emoções?
A sensação
É o vento
nas árvores,
E o andar
de homens silenciosos.

Que lugar é esse
Onde se desaprende a linguagem
E do qual quis falar?

Que lugar
é esse
Onde se é
mortificado?

Falar, dizer
A partir
deste lugar,
Prisão, cemitério
Campo de concentração?

Que estranho lugar,
Lugar nenhum,
Onde habitei
E que me habitou
e marcou para sempre?

Por que
Demorei
Tanto
a sair
Desses lugares
em mim?

Milton Freire, poeta, 2009.

Andanças...Semana Acadêmica de Filosogia - Linguagem, Hermenêutica e Cidadania

Alguns registros da participação na Semana Acadêmica da Filosofia, organizada por estudantes do curso de Filosofia da Unijuí, dentre os quais, Luana Oliveira e Mara Beatriz, as quais têm atuado voluntariamente na Casa de Auto Mútua Ajuda.

No evento se discutiu sobre temas que se referem a ‘Linguagem, hermenêutica e cidadania’ no que se refere a existência humana e seu sentido, no arcabouço da linguagem, como seres históricos e sociais.

Desta forma, o que acontece no mundo acontece em nós e o que acontece em nós também acontece no mundo. Somos co-produzidos. Contudo, é preciso estar atento ao contexto, que determinado historicamente pela ação humana, interfere no processo de produção de sujeitos e subjetividades.

Um destes aspectos é a forma de organização do sistema capitalista, vigente, presente no Brasil, conforme conferência no evento da Drª. Maria Cristina Paniago – professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), sobre ‘A Incontrolabilidade do Capital em Meszáros’.

O capitalismo, conforme K. Marx, I. Meszáros e M. C. Paniago, tem como foco o lucro e não as pessoas. Sua mola engendrante é o lucro e não a humanidade. As pessoas são um meio para o lucro. As pessoas consomem e neste movimento, podem consumir-se a si mesmas e ao ambiente.

O capitalismo, segundo Marx, na fala de Paniago, foi se constituindo da relação do homem com a natureza, pela capacidade de através do trabalho transformá-la em bens, produtos, etc, para atender as necessidades humanas, logo, com vistas ao desenvolvimento. Decorre para realização do projeto da classe burguesa – justiça, igualdade, liberdade, de um consenso entre a burguesia e os trabalhadores contrários a monarquia e ao clero. Contudo, a classe capitalista (burguesa) detinha e detém os modos de produção e a classe trabalhadora vende a força de trabalho, recebendo pelo mesmo menos do que ele vale, gerando excedente e mais valia ao detentor das formas de produção. O trabalhador precisa trabalhar para atender as suas necessidades. Há que se considerar que a classe capitalista, sem o trabalhador, não existiria, mas o trabalhador existiria sem a classe capitalista.

Não há produção de riqueza sem a exploração dos trabalhadores e consumo pelo mesmos, tanto o é, que se faz produtos para serem consumidos, com prazo de ‘validade’, não ditos, como por exemplo, quanto tempo é a durabilidade de uma ‘vassoura’? E assim se estabelece a cadeia do consumo. Consumo que não necessariamente requer uso. Pode-se consumir vassouras por achar elas ‘belas’ e ter uma coleção de vassouras. Prescinde o uso, mas imprescindível o consumo.

Ademais, para ‘se sentir incluso’ na sociedade, como não consumir? Enfim, estas questões são atravessadoras da subjetividade de cada um e importa refletir sobre e com elas, uma vez, que cabe perguntar – será que precisamos consumir tudo o que consumimos? Serve a quem o que consumimos? Ao nosso desejo de consumir, sempre insatisfeito, que vamos consumindo e consumindo ou ao que o capitalismo determina em nós?


Andanças.....I Jornada de Saúde Mental do Hospital Bom Pastor...


Em que lugar está á saúde mental?

No hospital ou no mundo da vida?

Obviamente, mas não tão óbvio assim, está na vida, aonde a vida acontece.

A saúde mental está diretamente relacionada á produção de vida.
E como se produz vida? Segregando?! Claro que não.
Produz-se vida nos encontros que na vida se oportuniza, como foi o evento, um dispositivo agenciador de encontros para refletir sobre a saúde mental na atualidade, considerando a toxicomania como sintoma social, do sujeito e de ser sujeito em um dado contexto histórico, político, social e econômico, sob uma inversão paradigmática de princípios, conceitos, para uma clínica ética, estética e política do e com o sujeito e não de seu sintoma, como oferta a radicalização nas concepções que se tem de produção da vida.

Andanças.... I Encontro Nacional e Estudantes Antimanicomiais

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ASSAMI / CASA AMA falando sobre drogas em Ajuricaba


Na última terça-feira (31/08/10) a ASSAMI e Casa AMA participaram em Ajuricaba na Escola Comendador Soares de Barros da palestra "O melhor vício é viver: Crack, nem pensar".

A palestra teve como objetivo levar a sociedade informações sobre as drogas. Contou com painés de profissionais da área de saúde, como da Psicóloga Eloá Bagetti (presidente da ASSAMI), Alexandre Barbosa (Coordenador do grupo de apoio "Amor Exigente") e também relatos de experiências de protagonistas envolvidos em projetos, como de Dulce Velasques, Sirlei Gomes, Otília Rodrigues, Juvelino Dalla Rosa e Vilmar Velasques.